Alinhado com a estratégia do grupo no resto do globo, o avanço dos elétricos deverá avançar em força em 2020, tomando o lugar dos Diesel.
A Volkswagen anunciou que, tal como sucede com o resto do globo, pretende lançar uma ofensiva de modelos elétricos a partir de 2020. Até lá a marca alemã pretende continuar a vender modelos Diesel, mas em volumes bastante mais baixos em consequência do Dieselgate – atualmente, seis dos oito modelos da VW nos EUA têm opção de motor a gasóleo. Recorde-se que a VW ainda tem em mãos um processo de resolução técnica de modelos com motor V6 TDI, e que a VW ainda prevê comercializar motores turbodiesel nos próximos três anos, assim que recebam a aprovação da agência ambiental norte-americana EPA. Citado pela Automotive News, Hinrich Woebcken, o responsável máximo da VW nos EUA, reconhece: “não voltaremos a ter a elevada percentagem de Diesel do passado”.
Este cenário deverá favorecer a entrada no mercado de novos modelos feitos com base na plataforma modular específica para elétricos MEB, a partir do início da próxima década, altura em que surgirá no mercado o primeiro modelo. A estratégia prevê o lançamento de 30 carros 100% elétricos no mercado até 2025. Além disso, o fabricante de Wolfsburg quer colocar filtros de partículas em motores a gasolina.
Entretanto, de acordo com jornal Der Spiegel, já em 2010, cinco anos antes do Dieselgate ter sido tornado público, a União Europeia tinha conhecimento da discrepância entre os dados recolhidos antes dos testes de homologação e aqueles que foram registados durante a condução. O Joint Research Center tinha desenvolvido um método de medição das emissões reais, cujos resultados já tinham sido debatidos pelos membros da UE em 2012. Mas, apesar dos resultados já revelaram diferenças significativas face ao anunciado, os governos não agiram.